A proposta do "Simpósio sul-brasileiro sobre as políticas da habitação", inspirada por David Harvey em Espaços de Esperança, foi reunir pessoas (estudantes, professores, militantes, agentes públicos) dentro do mesmo conceito: arquitetos rebeldes.

            Este simpósio, que abarcou a temática geral das políticas da habitação no Brasil, buscou também um espaço de encontro entre os três atores que historicamente são os compositores das ideias e das lutas pela habitação adequada no Brasil: os intelectuais, os movimentos sociais e o Estado.

            Seus papéis por vezes se sobrepõem, confundem-se, em diálogos conflituosos. Mas o fato é que os três participam, desde os anos 1960, com suas práticas políticas da formação da ideia de Direito à Cidade no Brasil.

            Fato curioso, por exemplo, foi perceber, após concluirmos a programação do evento, que estes atores convidados para compartilharem suas experiências, mesmo os professores ou agentes públicos têm em comum um fator: a militância. São, portanto, rebeldes. São tijolinhos fora do nível, tal qual a imagem que escolhemos como símbolo do evento.

           Organizamos o simpósio, portanto, em três mesas-redondas, que aproximarão no dia de hoje professores, técnicos, arquitetos e urbanistas, militantes, construtores e moradores para discutir as políticas de habitação no Brasil.

           Dedicamos este evento a todos as pessoas que lutam por uma cidade mais justa e democrática. Àqueles que lutam, não por um ou dois dias, mas àqueles que lutam por toda vida, pois como falou um dia Bertold Brecht, esses são imprescindíveis.

           O simpósio é bianual, sendo que a próxima edição acontecerá em junho de 2017, com a temática "Ocupar e Resistir".